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O primeiro mandamento da boa aparência é estar limpa (o) e cheirosa (o). Gente mal cheirosa, não dá né ? E a boa notícia é que os brasileiros, segundo pesquisa global, lideram ranking de preocupação com higiene.
Os banhos são uma tradição milenar
Pesquisadores acreditam que todos os povos, desde os tempos antigos, tenham praticado alguma forma de higiene pessoal. Os egípcios realizavam rituais sagrados na água e tomavam ao menos três banhos por dia, dedicados a divindades. A Grécia foi outro local em que os banhos prosperaram, mas foi em Roma que esse hábito tomou proporções inéditas com mais de 100 casas de banho públicas e privadas, frequentadas por todas as classes sociais. Na Idade Média, o prazer de tomar banho de corpo inteiro passou a ser visto como um ato de luxúria. Lavar as mãos e o rosto (às vezes nem isso) bastava. Quando muito, era aceitável tomar um banho por ano. Um único barril de água servia para toda a família, sem que a água fosse trocada. O privilégio do primeiro mergulho era do homem da casa, enquanto as crianças ficavam por último, na sopa suja que sobrava. No século 18 foi provado definitivamente que as doenças se originavam não do banho, mas da falta dele. O iluminismo, que celebrava a razão e defendia a tese de que o mundo deveria ser esclarecido pela ciência, ajudou a fazer do ato de se lavar o símbolo da saúde.
A pesquisa
De acordo com a pesquisa global Hygiene Matters, conduzida pela empresa sueca SCA, líder global em produtos florestais e de higiene, a população brasileira é a que mais se preocupa com o risco de contrair doenças devido à falta de higiene, em um ranking que incluiu 13 países. No total, 70% dos brasileiros que responderam à pesquisa afirmaram estar frequentemente preocupados com a chance de adoecer em função de higiene precária.
Em sua quarta edição, o estudo Hygiene Matters avaliou, no ano passado, a opinião de 13.492 pessoas, sendo aproximadamente 1000 em cada um dos 13 países. Um dos objetivos da pesquisa é conscientizar o público sobre a relação entre higiene, saúde e bem-estar.
O México ficou em segundo lugar no ranking de preocupação com a falta de higiene, com 61%, seguido pela China e África do Sul, com 56% e 53% respectivamente. Já em países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Itália, os índices ficaram entre 16% e 20%, e as taxas mais baixas foram registradas na Holanda, 9%, e Suécia, 8%.
O receio com a higiene precária em locais públicos como banheiros, transportes públicos (trens, ônibus, metrô) e restaurantes faz com que quatro em cada cinco brasileiros prefira não utilizar algumas dessas instalações. Entre os lugares apontados como de maior risco à saúde devido à higiene precária, 75% dos brasileiros apontaram os banheiros públicos, 65% mencionaram os hospitais e 52% os transportes públicos. Além disso, 63% disseram sentir-se incomodados com a falta de higiene de outras pessoas nos transportes públicos.
Uma parte dos brasileiros (28%) julga que não lava as mãos suficientemente. Esse número cresce para 38% em jovens entre 16 e 25 anos. Entretanto, a preocupação é maior em relação à higiene alheia: 90% dos brasileiros acham que os outros não lavam suas mãos com a frequência que deveriam.
A pesquisa mostrou que cada país tem uma percepção diferente sobre o que deveria ser feito para elevar os padrões de higiene. Enquanto 39% dos brasileiros apontam como principal medida fornecer mais informação e educação para as pessoas, 48% dos americanos afirmam que cada indivíduo precisa melhorar sua higiene pessoal. De outro lado, 44% dos chineses colocam no governo a maior responsabilidade pelo aumento dos índices de higiene no país.
Depois de um bom banho, tudo fica mais leve ...
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